quarta-feira, 19 de agosto de 2015

TU ÉS INTELIGENTE

   Antes de mais nada, quero deixar uma coisa bem clara desde o princípio: tu és inteligente! Quando eu era jovem, o meu pai dizia-me sempre que toda a gente nasce inteligente - que todas as crianças possuem algum dom especial. Adorei essa ideia. Mesmo nem sempre tendo bons resultados na escola, eu, de certa forma, sabia que isso não tinha a ver comigo. Eu não era burro. Apenas aprendia de modo diferente daquele que os professores esperavam de mim.
   O meu pai ajudou-me a ver o ensino com simpatia. Ele ensinou-me a procurar o método mais adequado para a minha aprendizagem. Se eu não tivesse feito isso, poderia não ter terminado o ensino secundário ou o superior. Provavelmente, não estaria preparado para a minha vida financeira e não me teria tornado suficientemente confiante para ser quem sou.
   Todos temos uma forma diferente de aprender. O segredo é descobrir o que melhor se adapta a ti. Quando conseguires isso descobrirás o génio que se esconde aí dentro.
   Um génio é alguém com excecional habilidade nalguma coisa. Mas os génios não são necessariamente bons em tudo. Na verdade, o génio tem geralmente uma aptidão especial numa área, sendo mediano noutras.
   Sabias que Albert Einstein, que desenvolveu a Teoria da Relatividade [...], nunca teve bom aproveitamento na escola? Ele não era bom a decorar coisas mas, mesmo assim, acabou por se tornar um dos maiores físicos de todos os tempos. O cérebro dele concentrava-se em ideias, em vez de em factos. Os factos, dizia ele, podiam ser encontrados em livros, por isso não havia necessidade de guardá-los na cabeça. Ele queria a mente livre para raciocinar com clareza.
   A escola pede-nos para guardarmos os factos na memória, mas, quando estamos fora da escola, por norma só precisamos de saber onde estão armazenados os factos para podermos pesquisá-los, ou então saber a quem perguntar quando precisamos deles.
   O modo como medem o nosso desempenho na escola tem muito pouco a ver com a nossa inteligência ou com o nosso potencial de sucesso. Geralmente, o nosso rendimento escolar mede apenas o quanto somos bons a fazer testes! Não se trata de uma medida de genialidade com a qual todos nascemos.

Robert T. Kiyosaki, Pai Rico, Pai Pobre Para Jovens,
 20/20 Editora 

 


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